No arquipélago da Madeira existem imensas tradições culturais, resultando da continuidade de valores e costumes do povo madeirense.
Abaixo apresentamos-lhe algumas.
Bombotes eram pequenas embarcações com produtos e souvenirs da Madeira que ocupavam o mar quando os grandes barcos e navios escalavam no porto do Funchal, com o intuito de comercializar os tais produtos.
Estas embarcações estavam autorizadas através de uma licença legalizada pela Alfândega do Funchal a aproximar-se das grandes embarcações e as pessoas que se dedicavam a esta profissão eram designados por bomboteiros.
A origem da palavra vêm do inglês "bumboat" (pequena embarcação com produtos para venda).
Os produtos mais conhecidos em bombotes eram os famosos bordados regional Madeirense, rendas, flores móveis de vimes, frutas, vegetais, postais ilustrados, aves e diversos souvenirs.
Esta atividade entrou em declínio quando o porto do Funchal constroi o novo molhe. Os bomboteiros foram impedidos de entrar no molhe o que os privou de exercer a sua profissão.
Na altura da apanha da uva, os cachos eram apanhados tradicionalmente e levados para o lagar mais próximo do local.
No lagar, os cachos de uvas eram pisados, resultando no mosto (sumo de uvas frescas que não tenham passado pelo processo de fermentação), que mais tarde era carregado aos ombros dos homens em odres de vinho ou borrachos (recipiente feito de pele de animal, geralmente cabra) até às adegas do Funchal, pois maior parte das vinhas estavam localizadas no campo ou Costa Norte da Ilha.
Os homens que carregavam os borrachos eram designados por borracheiros e agrupavam-se em fila num percurso até à cidade com um único objectivo da entrega do mosto. Os borracheiros eram muito conhecido pois numa época que não existia muita comunicação e transporte, esta era a única maneira de carregar o mosto da uvas colhidas no campo para a cidade.
Os tradicionais colares de rebuçados são facilmente encontrados em qualquer arraial Madeirense
Antigamente quando o dinheiro não era muito, o colar de rebuçados era a alegria dos mais novo e hoje em dia ainda se verifica isto.
Embora os tempos tenham mudado, a variedade das guloseimas aumentado e o número de vendedores ampliado ainda se vê muitas crianças com os colares de rebuçados.
Todos os visitantes da Madeira já sabem que algo típico são os arraiais! A maioria destas festas têm origem religiosa, no entanto existem outras que não o são. No Arquipélago da Madeira, celebram-se em todas as paróquias festas religiosas ou romarias a maior parte das quais organizadas pelo "festeiro". Em um arraial como é obvio não pode faltar a animação que fica a cargo das bandas filarmónicas. Hoje em dia já é comum ver outro tipo de artistas e não apenas bandas filarmónicas
As ruas circundantes à Igreja ou mesmo o sítio são enfeitadas com bandeiras coloridas que se colocam em mastros de madeira ornamentados na base com louro ou buxo, não havendo assim forma de falhar a festa
As barracas normalmente feitas com madeira e ornamentadas com louro e outra vegetação são um ponto obrigatório de passagem para a maioria das pessoas. Nestes pequenos espaços de venda podemos encontrar um pouco de tudo desde guloseimas, brinquedos, bebidas, variedades gastronómicas, entre outros.
As barracas de comes e bebes são das mais procuradas nos arraiais da Madeira. Não pode faltar a espetada, o bolo do caco com manteiga de alho, o vinho da região ou a tradicional “laranjada”. A carne de vaca cortada em cubos é colocada em espetos de louro e assada diretamente nos braseiros instalados nas proximidades das barracas.
Entre os dias 5 e 15 de Agosto inicia-se uma das grandes tradições da Ilha da Madeira, as Festas de Nossa Senhora do Monte
Este é sem dúvida o maior e mais concorrido arraial cristão da Madeira, a Romaria de Nossa Senhora do Monte data dos primórdios da colonização da ilha.
As festas iniciam-se com as Tradicionais Novenas, sequência de nove missas realizadas em honra de Nossa Senhora.
Após a realização das novenas, ocorre a grande festa dia 14 e 15 de Agosto sendo que dia 15 é feriado na região visto a Nossa Senhora do Monte ser considerada Padroeira da Madeira.
São em grande número os fiéis que vão na procissão para pagar as suas promessas, por vezes fazem-se acompanhar de grandes círios ou partes do corpo feitos em cera para assim agradecerem as graças recebidas. É habitual assistir a várias pessoas descalças ou de joelhos a realizarem a procissão.
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